domingo, 10 de julho de 2011

Final de Temporada

Patricia Tenório
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patriciatenorio@uol.com.br

28/06/11


Foram seis meses de intenso trabalho, amor e carinho. Faço aqui uma pequena homenagem ao grupo Anjos de Teatro, um pouco do que aprendi com cada um deles e guardarei num lugar bem especial de meu ser…

Um beijo no coração de vocês

Patricia Tenório.

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– Hoje antes do amanhecer subi numa colina e contemplei o céu abarrotado,

E disse a meu espírito, Quando abraçarmos essas esferas, junto com o prazer e o conhecimento de tudo o que nelas existe, estaremos satisfeitos e realizados?

E meu espírito disse Não, vencemos esta fase só para seguir em frente.

(Lucas Cavalcanti, na estréia de As joaninhas não mentem, citando Walt Whitman, em Canção de mim mesmo, Folhas de Relva)



Jorge Féo:

– Sentir mais do que entender, não há texto decorado nem lido, deve ser pensado, escutado, para quebrar a melodia tem de haver o entendimento. Evitar o preconceito com as palavras.

– Eu estou no palco, é um pedacinho de vida.

– O melhor filme, peça é quando o espectador leva o final para casa.

– A boca fala o que o coração está cheio (Bíblia).

– Trabalho do ator: bateu o olho num detalhe do dia-a-dia e agarrar com unhas e dentes.

– O trabalho criativo se faz fazendo.

– O ator não tem “sei lá” nem “não sei”.

– Tem uma hora em que a palavra fala, entra no ator.

– Não quero que demonstre que está curioso, quero que esteja.

Jay Melo:

– Ser ator é muito difícil, você tem que amar profundamente o que faz, tem que ser bastante humilde e antes de tudo tem que deixar a vaidade de lado.

Elilson Duarte:

– Quando escrevemos, abandonamos o nada.

Thiago França:

– Vejo em “Joaninhas” que Patricia usa a ideia + a imagem + a imagem + a imagem… para depois voltar para a ideia + a imagem + a imagem…

Ísis Agra:

– Eu estava desiludida com o Amor Perfeito. A montagem me fez voltar a acreditar.

Maria Luísa Sá:

– É muito difícil você entrar num grupo que já está certinho, já está bem unido, mas foi super prazeroso porque todo mundo me acolheu.

Romero Brito:

– O Amor Perfeito soa um pouco utópico. Mas é isso que a peça mostra, que a gente está buscando o Amor Perfeito no nosso dia-a-dia, é a busca por nós mesmos.


Fim de caso

Patricia Tenório

26/06/2011


No meio do palco

Abro as asas

Ao desejo puro

Afirmo as aspas

Outrora minhas

Agora tuas

Para sempre mais

Saber

Querer

Desafiar dragões

Desatinar destinos

Desafogar as mágoas

De uma outra história

Entrevejo

E vejo

O teu destino

Nos meus lábios

Nos meus escuros cantos

Canto

A mais pura melodia

O mais sério caso

De amor jamais contado

Jamais amado

Feito eu te amo agora









Obs: Imagens enviadas pela autora (do espetáculo As Joaninhas não mentem)