segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

TEXTO DE PAULA BARROS

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(mpaula26@hotmail.com)


A vida acontece a todo instante, bem pertinho da gente. Podemos ser o observador, podemos ser o protagonista, destes momentos chamados vida.

Ela acontece em cada esquina, em cada rua, em cima ou embaixo das pontes e viadutos, na sala de trabalho, de reunião, no parque de diversão, nos hospitais....ela está acontencendo.

Com música, com sorrisos, com choros, com aplausos, com pancadas......ela está vibrando. Se dizendo viva, se dizendo vida.

Mas nós temos pressa. Queremos mais um pouco. Queremos ir mais além. Apreender um pouco mais, ganhar mais do mais, comprar....e a vida pede tão pouco. Pede um pouquinho de atenção. Mais um pouquinho de tolerância. De paciência. De calma. Ela diz a todo instante para diminuirmos o ritmo. Para sorrirmos mais. Olharmos o outro nos olhos. Escutar o que ele tem para dizer. Falar um pouco da gente.

Mas não dá. Temos hora. Estamos sempre atrasados. E se chegamos na hora, nos estressamos para cumprir o horário, os outros atrasaram, e tudo vai se atrasando. E o sangue vai fervendo.

A vida grita para pararmos. Dá os sinais. Liga o pisca alerta. Mas nós nem respiramos direito. Estamos ficando enrijecidos. Dores no corpo. Órgãos fragilizados. Estamos estressados. Cheios de compridos. Caixinha com dia e horário. Para não falharmos, não esquecermos.

A música toca e passamos sem nem percebermos.


Obs: Imagem enviada pela autora (Um cantor numa rua de Lisboa)