terça-feira, 24 de novembro de 2009

ENSINO SOCIAL E PROMOÇÃO HUMANA – PARTE II

Luiz Moura
(
lmoura.pe@uol.com.br)



Entre muitas formas de definir a Nova Evangelização, uma se pode partir das trágicas situações da injustiça e sofrimento da América Latina e Caribe. Assim, Nova Evangelização, neste contexto, assume um caráter próprio; não quer dizer reevangelizar, mas uma resposta aos problemas apresentados pela realidade de um continente, no qual se dá um divórcio entre fé e vida, ao ponto de, produzir clamorosas situações de injustiça, desigualdades sociais e violência. A Nova Evangelização há de ter em conta a urbanização, a pobreza e a marginalização.


Os novos Sinais dos tempos no campo da promoção humana.

No capítulo da promoção humana, há uma introdução que serve de iluminação teológica ao tema, baseado no Novo Testamento, na Gaudium et Spes, Puebla e em algumas encíclicas dos últimos papas: Evangelii Nuntiandi e Populorum Progressio (Paulo VI), Sollicitudo Rei Socialis e Centesimus Annus (João Paulo II). Logo a seguir, o documento trata dos novos sinais dos tempos. Eis os temas tratados, no que se constitui o conteúdo central deste capítulo: direitos humanos, ecologia, terra, empobrecimento e solidariedade, trabalho, mobilidade humana, ordem democrática, nova ordem econômica e integração latino-americana.

Direitos Humanos

Traz muito pouca novidade em relação ao documento de Puebla. Denuncia o terrorismo, a repressão, os assassinatos, as condições de extrema pobreza e as estruturas econômicas injustas, fontes de grandes desigualdades. Denuncia, também, de maneira especial, as violências contra os direitos das crianças, da mulher, dos camponeses, indígenas e afro-americanos e o comércio do narcotráfico.