terça-feira, 13 de outubro de 2009

DIREITOS HUMANOS


Rivkah Cohen
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Solicitada a falar sobre os Direitos Humanos, a propósito dos 60 anos decorridos desde a famosa DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS de 1948, pus-me a refletir sobre esse assunto. Em verdade ele surgiu na esteira da Segunda Guerra e arrebatou as mentes mais esclarecidas de então que, horrorizadas pelo dantesco espetáculo de carnificina e destruição que, nos registros da história humana nunca encontrou paralelo ou semelhança, resolveram elevar o tom e como as pedras da Lei, de Moisés, gravar a fogo nas mentes dos homens, as primazias do ser humano e seus direitos universais indiscutíveis, à vida, à saúde, à educação, ao trabalho, ao bem-estar, etc, etc.
A barbaridade foi tamanha que aquelas mentes, ainda traumatizadas por tanto horror, que àquela altura, nem tinham ainda pensadas as feridas resultantes da Primeira Guerra Mundial, igualmente pavorosa e dantesca, inferior apenas na sofisticação da máquina de guerra, resolveram proclamar bem alto para todos os quadrantes do planeta que o ser humano precisa ser respeitado, precisava ter os seus direitos respeitados e o fizeram na esperança de que nunca mais tanto horror se repetisse e o homem, afinal, pudesse entrar numa erade Paz, de progresso em todos os sentidos e de prosperidade, solidamente na harmonia, no entendimento, na cooperação e, velho sonho já esculpido nos ideários da Revolução Francesa, num ambiente de fraternidade, igualdade e liberdade.
E as minhas reflexões me fizeram uma vez mais contemplar, não a realidade vitoriosa desse sonho, mas a persistência funesta da longa marcha de insenatez que, em pleno século XXI, ainda nos mantém mergulhados na violência generalizada em parte do planeta, na miséria, na fome e na exclusão de todos tipos e de toda natureza e de todos os direitos.
O sonho permanece nas mentes e nos espíritos sequiosos de Paz, de fraternidade, de harmonia, de cooperação, de entendimento e de prosperidade compartilhados por todos, mas a realidade apresenta em toda parte o esquecimento total, completo e cínico desses direitos tão solenemente proclamados e tão covardemente espezinhados por todo o mundo. Virou até bandeira retórica de certo viés ideológico, mas só no discurso mentiroso e hipócrita, porque assassinato é assassinato, é crime, é violação dos direitos da pessoa humana, sob qualquer regime, qualquer governo, em toda parte..
Aqui, chegam a inventar cotas raciais com um discurso igualmente mentiroso e hipócrita, mas não movem uma palha para a inclusão escolar de qualidade, para toda e qualquer criança, em qualquer parte, independente da cor da pele, da crença de seus pais, da nacionalidade ou de seja lá o que for.
É que tal discurso é mais fácil, é mais rendoso mesmo quando agride a cultura humana e científica num quesito pouco conhecido do povo, como raça, questão essa que deveria ter sido sepultada com a DUDH e que foi um dos pilares do nazismo. Lamentavelmente ressurge agora, pelos mesmo que se dizem defensores dos "direitos humanos".
Mas vou parar com minhas reflexões por aqui, porque nem eu estou gostando do cenário que se vai descortinando à minha frente a propósito deste assunto e, assim, nem me vou referir a um tipo de violência ainda mais execrável, que é a violência contra crianças aqui em toda parte do mundo.
Aumenta assustadoramente essa violência, aumentam os assassinatos de crianças. Isso é trágico, isto é inominável, isto é abominável, mas é também o resultado das políticas abortivas, da descrença, da educação sem D'us, do materialismo dialético que virou credo quase oficial por toda parte, sobretudo no conhecido universo "intelectual".
Não bastasse todo esse cortejo de misérias, é o mundo agora abalado em seus alicerces por monumental crise financeira que sacode o planeta. Não quero me prolongar e vou concluir dizendo que vejo profunda ligação dessa crise com o tema Direitos Humanos.. É que, tanto o comunismo e todo tipo de socialismo com o capitalismo sem D'us, retiram o homem do centro das atenções, o homem deixa de ser destinatário de toda ação, o beneficiado de todo progresso, de todo o desenvolvimento.
DESSA FORMA, não é de estranhar que os direitos da pessoa humana tenham sido jogados para debaixo do tapete. Em tempos de lucro de qualquer custo, de esperteza, de cupidez, de ganância desenfreada não pode mesmo haver lugar para o ser humano enquanto detentor de direitos humanos que, explicitamente, no entender e na boca de muitos, não passam de balela..
Assim, só resta um grito: Ó HOMEM, ACORDA!

Obs : Imagem da autora.